sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Inclusão Profissional - Preparação para Copa 2014

Em uma cidade sede dos jogos da copa do mundo são necessários ambientes muito bem preparados. Seja em hotéis, restaurantes, locais de concentração dos times e até nas entrevistas à imprensa. Nesse cenário ganham espaço as flores e plantas ornamentais, um mercado em crescimento que merece atenção de quem está à procura de uma oportunidade.
Flores temperadas e tropicais, folhagens e plantas ornamentais. A relação entre a construção civil e a floricultura está cada vez mais forte. Há uma tendência em buscar, na decoração, a natureza como pano de fundo. “Pesquisas científicas foram feitas, e publicadas, e caracterizam as plantas como filtros naturais de gases nocivos como o formol, por exemplo, que chega por meio da mobília ou material de limpeza,” diz Gilson Gondim, produtor e vice-presidente da Associação de Produtores de Flores do Ceará.
O Ceará é o 2° maior exportador de flores do Brasil. As regiões produtivas do estado são separadas em 4 áreas: Serra da Ibiapaba, Maciço de Baturité, Região Metropolitana de Fortaleza e Cariri. A produção é quase toda voltada para o consumo interno. Com a Copa do Mundo, o setor acredita numa conquista do mercado externo, e também no crescimento que possa duplicar ou até triplicar a produção. “O volume de negócios internos no setor é algo em torno de US$ 3 Bi. Quando se fala em exportação, falamos de US$ 30 Bi, dez vezes mais. Dá pra perceber a diferença, e o que queremos atingir,” conclui Gilson Gondim.
Atualmente 200 empresas trabalham oficialmente no ramo, segundo o último levantamento do Instituto Agropolos, mas o número pode ser dez vezes maior se acrescentarmos os pequenos produtores e vendedores. Um mercado que movimenta 15 mil pessoas e está sempre à procura de profissionais.
O gargalo do setor, assim como os demais, é a qualificação. O trabalho é específico, e exige mão de obra tecnificada. Para trabalhar com floricultura é preciso ter noções básicas que vão da profilaxia de pragas e doenças até a fisiologia de cada planta. Isso para as atividades mais simples, como plantio, manutenção e colheita. Aos interessados, o caminho para o mercado de trabalho pode ser um dos cursos do Senar que são desenvolvidos no interior, e a própria Federação da Agricultura. No Sebrae, para os interessados em começar um negócio, existem cursos na área de gerenciamento e planejamento, desde a elaboração de plano de negócios até o gerenciamento.
Enquanto a qualificação não chega da maneira necessária, cada produtor treina seus funcionários com cursos específicos no dia a dia do campo. “A Copa do Mundo já chegou pra gente. Eu tenho 15 funcionários e quero dobrar esse número; sei que mercado tem, mas como encontrar essa mão de obra que saiba trabalhar com flores, algo tão delicado?” Completa o representante do setor.

Fonte: http://inclusaoprofissional.diariodonordeste.com.br/v3/cadernos/flores-para-2014

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Jovens insubordinados no trabalho são reflexo de educação permissiva

Falta de limites em casa prejudica os estudos e reflete no futuro profissional de jovens


       Falta de limites em casa prejudica os estudos e reflete no futuro profissional de jovens
Desrespeito aos horários, negligência com prazos, desacato à hierarquia. Em princípio, pode se tratar de um resumo dos problemas enfrentados por boa parte dos professores. Nada disso... Imagine esses alunos, crescidos e formados, no mercado de trabalho. É exatamente dessa maneira que agirão: com indisciplina e agressividade. Um dos principais dilemas enfrentados atualmente pelo universo corporativo é a presença maciça de jovens com dificuldade em acatar ordens. Não se trata de falta de comprometimento com o trabalho, mas, sim, de uma imensa oposição à hierarquia, gerando conflitos com a chefia e os colegas.
A raiz da questão é a mesma dos problemas enfrentados pelas escolas: uma educação permissiva demais em casa. Para a especialista em comportamento humano Branca Barão, uma parcela significativa de pais é mais liberal com os filhos em relação ao tratamento que receberam dos próprios pais. “É claro que isso influencia a relação entre líder e colaborador. E a forma como os pais se relacionam com os seus chefes também”, diz.

Para Branca, algumas peculiaridades em família são determinantes para começar a traçar o perfil profissional de uma criança. “Quem cresce em um ambiente onde tem a chance de exercer sua tirania desde cedo, provavelmente, fará isso no ambiente de trabalho, também. Quem tem a liberdade de gritar com os pais, possivelmente, repetirá o tom de voz no ambiente corporativo e não terá noção de limites. Quem dá sempre a última palavra em relação ao passeio que a família fará no fim de semana, terá, obviamente, mais dificuldade de aceitar ordens.”
É óbvio que os exemplos são generalistas, para chamar a atenção para a gravidade da situação. Mas nem toda criança mimada deve se tornar um adulto impertinente no campo profissional, pois há outros acontecimentos futuros determinantes. Porém, a permissividade, geralmente, causa estragos para toda a vida.
De acordo com Branca, é preciso ensinar os filhos a ouvir um “não” e, principalmente, aceitá-lo. “Tivemos uma onda na educação em que o 'não' foi praticamente proibido, pois era tido como nocivo. Eu acredito que é o momento de resgatarmos essa palavra tão importante, pois descobrimos que a falta dela pode ser tão prejudicial quanto o excesso. Buscar o equilíbrio é essencial”. É importante evitar que as crianças acreditem que têm poder de decisão maior do que eles realmente devem ter em cada faixa etária.
Para a psicanalista Blenda de Oliveira, os adolescentes precisam confrontar para encontrar as suas respostas. Afinal, a rebeldia faz parte do repertório típico da idade. “Mas deixar o jovem confrontar de maneira desrespeitosa cria uma ilusão de poder e de falta de limites irreais”, explica a especialista. Na opinião de Blenda, na infância dos filhos, os pais devem permitir o questionamento e ensiná-los as diferenças da experiência de vida e dos papéis de cada um.

“É fundamental mostrar que respeitar a autoridade é um aspecto de força, de capacidade e de competência para aprender e crescer. Observar que alguém nomeado como chefe não tem as competências necessárias não dá o direito a qualquer pessoa de faltar com o respeito”, afirma Blenda. A sugestão de Daniella Correa, consultora de Recursos Humanos da Catho Online, é negociar limites com o jovem e explicar os objetivos desses limites. “Eles precisam sentir que participaram da decisão, que foi um acordo e não uma decisão autoritária”, diz.
Perdas e danos
Para Blenda de Oliveira, outro ponto a considerar para compreender como surge a insubordinação dos jovens nas empresas é a nossa própria sociedade, pouco cumpridora das leis. “Quando vivemos em um ambiente em que há ‘um jeitinho’ para tudo, as figuras de autoridade perdem sua validade com rapidez, já que não se cumpre a justiça”, pondera.

Um terceiro fator é que nas classes sociais em que os jovens têm um acesso enorme às diferentes e boas formações, muitos passam a se sentir tão ou mais inteligentes e competentes que os seus chefes. Ignoram, assim, a experiência e a trajetória de vida de outras pessoas por ostentarem títulos ou um curso no exterior, por exemplo. Segundo Branca Barão, quanto maior a formação intelectual e mais confortável for a situação financeira de alguém, maior a chance dessa pessoa dizer: "Eu não preciso disso!" no primeiro "não" que ouvir no trabalho. “A humildade é uma postura essencial para ter um bom relacionamento em uma empresa.”
Mas quais as consequências desse tipo de comportamento -além de uma demissão? A psicanalista Blenda de Oliveira avisa que não respeitar as autoridades e os limites sempre traz prejuízos na vida futura, caso tal atitude vire um padrão de comportamento. “Mas é claro que não é todo confronto que pode gerar danos, não podemos generalizar”, diz.
Uma criança "mimada" ao extremo dentro de casa pode se tornar uma pessoa bastante difícil no ambiente de trabalho: que não pode ser contrariada, não consegue aceitar que uma ideia sua não seja idolatrada, não sabe ajudar as outras pessoas. A empresa contrata pelo currículo, mas não aguenta conviver com aquela pessoa, que acaba demitida por suas características comportamentais.
Outro risco, segundo Blenda: confundir autoridade com autoritarismo e passar a agir de forma mais autoritária que aqueles que critica. “O maior problema de não saber lidar com a hierarquia é um ego fraco que não aguenta a frustração de ser criticado, de errar e de precisar do outro para crescer. O resultado é um enorme sentimento de solidão."
Para Daniella Correa, alguns casos exigem menos crítica e mais compreensão. “Um jovem, principalmente que ainda não vivenciou a profissão escolhida, não sabe se essa atividade irá satisfazê-lo e pode ter dificuldades de adaptação às rotinas. Ele precisa conhecer e adaptar-se à cultura, normas e procedimentos da empresa e entender como funciona um ambiente corporativo”, diz.

Uma boa ideia é pesquisar sobre as regras e os valores da empresa antes mesmo de se inscrever no processo seletivo. Assim evitará cometer erros que poderão prejudicá-lo. Além disso, é fundamental que a empresa tenha responsáveis preparados para receber, orientar, desenvolver as habilidades e avaliar esses profissionais. "O gestor deve entender que esses novos colaboradores entraram na empresa para aprender. É o primeiro contato que possuem com o ambiente corporativo”, explica Daniella.

Fonte: http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/12/12/jovens-insubordinados-no-trabalho-sao-reflexo-de-educacao-permissiva.htm



 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Agora no Brasil - Recusar vaga pode gerar perda do SEGURO-DESEMPREGO

O governo divulgou esta semana que vai por em prática em todo o Brasil a nova lei sobre o seguro-desemprego. De acordo com o artigo 8 da Lei nº 7.998/90 o trabalhador que recursar ofertas de emprego poderá ter seu benefício cancelado. O Ministério do Trabalho ainda não aplica a lei em todo o país devido à falta de um sistema de cadastro de vagas unificado.

No entanto essa situação deverá mudar até o fim deste ano com a implantação do Portal Mais Emprego em todo o Brasil. O sistema, que funciona como um cadastro nacional de empregos, já está sendo utilizado em 23 estados e no Distrito Federal. Apenas Goiás, Minas Gerais e São Paulo ainda não implantaram o novo sistema.

Quando tudo estiver funcionando 100% começará a aplicação mais efetiva da nova lei. Nesse caso, o trabalhado será encaminhado para um novo emprego tão logo dê entrada no pedido de seguro-desemprego. Se não houver vaga disponível o pedido será encaminhado normalmente. Mas o trabalhador poderá ser convocado para uma nova vaga mesmo depois de estar recebendo o benefício. Caso recuse três vagas sem justificativa legal, o pagamento do seguro-desemprego é suspenso.

Para por o sistema em funcionamento, o governo utilizará diversas bases de dados como o do Sine, Caixa Econômica Federal, Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs) e entidades de qualificação profissional.

. Até 2012 todo o Brasil deve adotar um sistema de cadastro único com vagas de emprego.

Por isso, deve entrar em prática o artigo 8 da Lei 7.998, de 1990, cujo texto diz que o seguro-desemprego poderá ser cancelado "pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente com sua qualificação e remuneração anterior". Assim que for encaminhar o benefício, os órgãos responsáveis (SINE e SRTEs) já encaminharão o trabalhador para uma nova vaga de acordo com o seu perfil.


Confra algumas dúvidas qeu surgiram quanto a questão:
  1. Apesar de estarem falando por aí sobre a nova lei do seguro-desemprego, não existe lei nova. O Seguro-desemprego no Brasil ainda é regido pela lei 7.998, de 1990. Nada mudou. A diferença agora é que o governo criou um sistema nacional integrado com informações sobre trabalhadores e vagas e vai fazer cumprir o artigo 8º da lei;
  2. A intenção do governo não é o de cortar nenhum benefício do trabalhador, mas sim assegurar que ele contará com ofertas de emprego tão logo procure o Sine ou outro órgão responsável para encaminhar o benefício. A consulta será feita através do Portal Mais Emprego, do Governo Federal;
  3. A vaga oferecida pelo sistema precisa ser condizente com a qualificação e salário anterior do trabalhador. Ou seja, ele não perderá o benefício por recusar uma vaga que não seja condizente com o seu perfil e a sua profissão;
  4. Ao contrário do que muita gente pensa, e isso já aconteceu comigo, caso você comece a trabalhar e pare de receber o seguro-desemprego, é possível voltar receber as parcelas que faltavam. Por exemplo: você encaminhou o seguro e logo depois de receber a primeira parcela, encontrou um um novo emprego. Logicamente o benefício será suspenso, não importa se faltavam 4 parcelas para você receber. Agora digamos que você seja demitido depois de três meses trabalhando, como fica? Simples, é só solicitar o recebimento das parcelas que faltavam. Nesse caso, você só perde o direito ao benefício se pedir demissão do emprego;
  5. O novo sistema do seguro-desemprego já está funcionando nos seguintes estados: Acre, Alagoas. Amapá. Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal. No ano que vem (2012) ele deve estar implantado em todo o Brasil;
  6. Quanto aos critérios para oferecer uma nova vaga, o sistema levará em conta não só a ocupação anterior do trabalhador como também a região. Ou seja, ele não poderá ser encaminhado para uma vaga que tenha CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) diferente da anterior e que seja em outra cidade;
  7. O trabalhador poderá recusar uma vaga que não esteja de acordo com o seu perfil, caso esteja enfermo ou ainda esteja realizando um curso de qualificação profissional;
  8. Caso o MTE se negue a conceder o benefício, o trabalhador ainda pode recorrer à justiça;
  9. O seguro-desemprego será encaminhado caso não haja um vaga compatível com o perfil do trabalhador. No entanto, o Mistério do Trabalho pode convocá-lo tão logo surja uma nova vaga. Caso o trabalhador não compareça ao SINE, por exemplo, depois de 3 convocações o beneficio será suspenso.
  10. O trabalhado que aceitar uma vaga ainda poderá receber uma parcela do seguro enquanto estiver em meio a um processo seletivo mais demorado
FONTE: http://vagassa.blogspot.com/2011/09/com-nova-lei-recusar-vaga-pode-gerar.html