O MERCADO EM FORMA DE CANÇÃO !


CONHEÇA AS MÚSICAS QUE RECORDAM O NOSSO DIA A DIA PROFISSIONAL


Desta vez resolvi fazer trocadilhos entre conceitos mercadológicos e a nossa riquíssima Música Popular Brasileira.
Vamos iniciar pelo pop rock da década de 90, com os inesquecíveis Engenheiros do Hawai, na música Toda Forma de Poder, onde traduzem aquelas imensas reuniões em que passamos horas e nada decidimos: - “eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada...”
Alem de perder tempo, e tempo nas organizações é sinônimo de produtividade, reuniões imensas, sem nenhum objetivo concreto, só ocorrem por um único motivo, falta de planejamento.
Planejar é o ato de arquitetar, montar, descrever previamente a ação a ser executada. No caso de uma reunião, planejar seria montar uma pauta, discriminando-se temas e tempo para cada um deles.


Temos que pensar o cliente da mesma forma que canta Herbet Viana, e sua magnífica banda Os Paralamas do Sucesso em Você: -“Você é algo assim. É tudo pra mim. É como eu sonhava, baby. Você é mais do que sei. É mais do que pensei. É mais que eu esperava, baby. Sou feliz agora
Não, não vá embora, não...Vou morrer de saudades...”
E com certeza, principalmente agora, em épocas de “crise”, tem muita gente morrendo de saudades de sua clientela.
O mercado sempre será uma eterna escola, e nos ensinará por vários caminhos, até mesmo pela música que, ele é dinâmico, evolutivo e compensatório para quem tem a humildade de sempre aprender com ele, de cantar suas músicas e dançar a sua dança. Metaforicamente, o mestre Gonzaguinha já pregava a necessidade de ser um eterno aprendiz, em O Que É O Que É? -“ Cantar, e cantar, e cantar, A beleza de ser um eterno aprendiz”.
Tantos muitos outros compositores e cantores que muitos nos ensinam a lhe dá com o mercado. A própria condição de compor e cantar, bem diferenciadas entre si, nós dá uma excelente forma de entendermos a diferença entre estratégico, tático e operacional.
A composição é criativa, é estratégica. O show é tático e quem operacionaliza a música faz o show acontecer. Fantástico! Simples depois de feito e harmonioso em sua existência. Nenhuma das fases existe sozinha, pois sem letra, não há canção, sem canto a letra é morta e se ninguém a escuta a música não acontece.
A canção exige harmonia, sintonia e emoção. As pessoas compram por emoção, o marketing transforma necessidade em desejos e isso só ocorre quando há sintonia na comunicação. Se o PDV for harmônico as vendas são mais fáceis, mais simples e mais lucrativas. Pense nisso. O Ilustríssimo Prof. Marins, em um de seus vídeos diz -“Dê um show!  Transforme suas vendas em um show e você venderá mais”.
Ainda sobre a falta de entendimento que, também é conhecido no mercado como ruídos de comunicação, quem nos dá um exemplo claro de quanto é difícil se comunicar é o maranhense Zeca Baleiro, na música Lenha: -“Eu não sei dizer o que quer dizer o que vou dizer...”


Alguns gestores patinam em seus feed-backs da mesma forma que o Zeca nesta belíssima letra. E isso faz com que, esses gestores, não entendam o porque de seus colaboradores não  cumprirem suas tarefas e procedimentos de forma adequada. Se o gestor não criar canais de comunicações claros e eficientes com sua equipe, jamais vai obter produtividade.
No mercado é preciso alinhar sua comunicação com seu público alvo, e uma das melhores formas de fazer isso é seguir o conselho de mineirinho, Milton Nascimento, com sua bela canção Bailes da Vida, que nos diz: -“Todo artista tem de ir aonde o povo está”.
Se sua empresa não está no mesmo local que seu público, vender será uma tarefa árdua e onerosa. E hoje está no mesmo local que seu target não significa abrir filiais em cada esquina, mas manter uma comunicação eficiente com quem consume seus produtos ou serviços.
Comunicação segmentada, específica e clara com os consumidores, cantava Clara Nunes, no animado forró Feira de Mangaio, -“Fumo de rolo arreio de cangalha, Eu tenho pra vender, quem quer comprar?
Bolo de milho, broa e cocada, Eu tenho pra vender, quem quer comprar?...”



Pronto! Disse o que tem e pra que tem! E dizer pra que tem é importante, pois algumas empresas fazem belíssimas obras de arte em suas peças de comunicação, mas que, infelizmente, não são claras em dizer, “Temos pra vender, quem quer comprar? A peça de mídia fica tão artística e plástica que o produto se torna sub-ítem e ninguém compra o “sub” e sim o “sobre”. Parece apenas trocadilhos de palavras, mas que faz muita diferença em seus significados, mas as vezes, como cantava Cássia Eller, em Palavras ao Vento, a comunicação se torna: - “Palavras, apenas Palavras pequenas Palavras, momento, Palavras, palavras, Palavras, palavras, Palavras ao vento...”.




Ou seja, o real significado de cada palavra é desprezado e tentamos vender a subjetividade da arte. E isso é muito difícil, é difícil até de entender, imagine de se vender.
Em comunicação mercadológica o óbvio as vezes tem que ser dito, pois o que é óbvio para alguns, não se espante, é novidade para outros. Quem nos traz esta reflexão é a dupla Sandy e Júnior, na música Imortal, onde eles explicam: -“O que é imortal não morre no final”. Talvez algo imortal em algum momento tenha morrido, ou não!
Em fim, mercado é mercado, assim como canta obviamente, o excêntrico Falcão em Holiday Foi Muito, onde diz que: “homem é homem, menino é menino, macaco é macaco, viado é viado, político é político...” e etc.
Se comunicar de forma eficaz exige técnica e conhecimento de mercado. Temos que trabalhar com informações baseadas em pesquisa e aplicação de técnicas de market share. É preciso mapear a área de atuação, adequar precificação e gerar mecanismos de fidelização e pós-venda. 


Mas lembre-se de quem move tudo isso. De quem é capaz de produzir toda esta harmonia, o único que pode gerar os aplausos no final, O homem! Pois é ele quem produz e consume. O mestre Gonzaguinha, mais uma vez, em Um Homem Também Chora (guerreiro Menino), explica esta minha máxima, quando diz: “...vida é trabalho. E sem o seu trabalho, um homem não tem honra, E sem a sua honra, se morre, se mata. Não dá pra ser feliz,
Não dá pra ser feliz...”



Autor: Glauberto Laderlac