De tudo que perdi, nada de fato me pertencia
Toda a posse que me davam, agora me sentencia
Me resta o calor do sol sobre minha cabeça
E a luz a ofuscar minha visão que nada ver
É saber que desta água nunca mais vou beber
E que nesta sala não ocupo mais a cabeceira
Toda a posse que me davam, agora me sentencia
Me resta o calor do sol sobre minha cabeça
E a luz a ofuscar minha visão que nada ver
É saber que desta água nunca mais vou beber
E que nesta sala não ocupo mais a cabeceira
Cada um segue pra onde for
Sendo que em meu, cada, só fica a dor
O lamento de não ter sido amor
O murmúrio deste silêncio desolador
Sendo que em meu, cada, só fica a dor
O lamento de não ter sido amor
O murmúrio deste silêncio desolador
Caio-me novamente nesta estradaOnde a poeira cega-me
E a vontade de partir me entrega à cessar-me
E o querer ficar me estraga
E a vontade de partir me entrega à cessar-me
E o querer ficar me estraga
Saio assobiando a cantiga de um mudo
Alumiando a visão, tão quão a um cego
Sinto que tudo que fiz foi incerto
E o que me resta não está nesse mundo
Alumiando a visão, tão quão a um cego
Sinto que tudo que fiz foi incerto
E o que me resta não está nesse mundo
Comerei minhas caladas palavras num banquete sórdido
E beberei minhas besteiras até me inebriar
Engolirei minhas dores mais do que minhas vontades
E como um bicho sem dono passarei a noite uivando teu nome
E beberei minhas besteiras até me inebriar
Engolirei minhas dores mais do que minhas vontades
E como um bicho sem dono passarei a noite uivando teu nome
Ah lamento que lateja
Ah sombra que escurece
Ah dor que peleja
Ah amor que emudece
Ah sombra que escurece
Ah dor que peleja
Ah amor que emudece
Então vá
Eu fico, não tenho forças pra andar
Então fique
Eu saio, não tenho sorrisos pra te arrancar
Eu fico, não tenho forças pra andar
Então fique
Eu saio, não tenho sorrisos pra te arrancar
Autor: Glauberto Laderlac – Ago/15
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