Nada na vida me pertence tão pouco quanto teu olhar
De nada vale viver sem tê-loDe nada quero saber sem vê-lo
Espelho, certeiro desejo em meu coração
De plumas ao vento, leve são asas do amor
Pobres são as dores dos que amam
Pobres são as cores do meu coração
ah, quanta alegria existe, além do mar
Quanta tristeza é vê-la nas ondas a me deixarNoutro porto noturno de amor
Amor de primavera, com flores e cheiros,
Que acaba no outono quando as folhas caemAmor de sábados sem amanhecer de domingos
Sem esperanças de segundas ou outras intenções
Nada vale a vida do homem que morre sem amar
Nada vale a vida do homem que vive amandoPois este o matará
Ou de banzo ou de cólera ou de lágrimas a derramar pela alegria
Além mar que jamais será sua, senão do vento, da praia, da cor do pecado,
Que apenas há de tocar, mas nunca possuirAutor: Gluaberto Laderlac
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