Morro a cada hora que amanheço, choro a cada hora que poço, perco a cada minuto um pouco de quase nada, um troco de mendigo, um sopro numa gota d'água.
Calado, sinto minha alma pedir colo...
Num copo o meu rosto, num cinzeiro meus dedos, num corpo qualquer o teu cheiro.
Serás para ele tudo o que fostes comigo? Já não quero saber. Bebo tuas mágoas num licor envenenado pelas minhas
Onde estará minha vida, porque crescestes tanto? Não cabes mais em mim.
Será que saberia cantar meu nome sem antes chamar pelo teu?
Talvez seja seu este lugar, que espera tua volta, que se alegra com tua glória, que sonha com teu olhar.
Sou agora tudo o que sempre quisestes: menino, calmo e frio(morto). Me desespero: a noite teu nome grito; não me ouves: prefiro. E quando voltares tua janta estará feita e tua cama arrumada, espero ver-te com sorriso de boca borrada, chamar-me de teu homem, apesar de nada.
Autor: Glauberto Laderlac
Autor: Glauberto Laderlac
Nenhum comentário:
Postar um comentário