quarta-feira, 24 de junho de 2015
PORTA ABERTA
Tua mudez é para fugir de mim ou sou eu que fujo de te?
Que medo é esse que tua presença me causa?
Para onde levastes minha coragem que não encontro nesta sala?
Nada me explique, nada me diga, continue assim, calada.
Não me importa o perigo corro
Não fará diferença qualquer prejuízo, já estou quebrado
Apenas não finjas que não existo
Diga-me ao menos pra que lado devo ir
Pode soltar minha mão. Apreendi a cair. Não me arranho mais
Sei que não entendes, nem se esforce, gastará suas energias
Nada explica ou traduz, nada é claro ou faz sentido, tudo é fugaz
Dê-me um sorriso, olhe por baixo para mim, assim já serve, já me faz feliz
Agora, por favor, abra-me a porta, deixe-me sair
Por favor, abra a porta, minhas mãos estão ocupadas
Cobrem meus olhos, minha vergonha não os deixa abrir
Não diga nada, continue calada, não se atreva a me ouvir
Feche a porta não me deixe voltar
Ajude-me, tranque-a, não se iluda, vou tentar
Gritarei e pedirei, mas tenha certeza, minhas forças vão acabar
Portanto, garanta-me que, não mais vai me deixar entrar
Autor: Glauberto Laderlac
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