Meus cabelos brancos caem sobre minhas mãos calejadas
Meus olhos fundos já não me dão trazem tanta luz
Minhas pernas tremem e meu corpo já não seduz
São poucas minhas histórias, por isso, tantas horas caladas
E onde estão todos aqueles que viviam do meu bolso?
Para voaram os pássaros que comiam na minha mão?
Será que tudo que ensinei foi em vão?
Porque agora ninguém me tira do poço?
Então venha, chegue logo
Não suporto mais tanta solidão
É tão triste e frio ficar sozinho neste porão
Parece que as minhas rezas é a ninguém que rogo
Entendo sua pressa, teu sangue é mais quente que o meu
Respeito tua crença, tua esperança é maior que a minha
Já vi tua vida, já tive dias iguais ao seu
Mas, hoje não lembro mais, de tudo que eu tinha
Ah, minhas mãos calejadas que amparam meus cabelos brancos
São deles o único brilho em meus olhos fundos
Tu ficas Calada, pois meu corpo te seduz
E tua falta a cada dia que passa, só me reduz
Glauberto Laderlac - Janeiro/2013
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