quarta-feira, 24 de junho de 2015

REPENTE



E a poesia em meus dedos
Num solo de violão
Com a pureza de um menino
Como um brado de trovão
Ontem fui pequeno
Hoje cidadão

Amante da noite
Traído pela ilusão
às vezes andarilho
Quase sempre solidão

De consolo uma viola
Da lua sou ladrão
Dos raios com os pingos da chuva
Na neblina, sou canção

Vi tudo na vida
Por nada paguei
Em tudo acredito
  por amor eu pequei

Na sede choro triste
No calor me deleito
Com frio tenho medo
Nos teus braços sou perfeito

Anjo e menino,
Feito bicho
Perdido, me encho de instinto
E me acho no teu cheiro
.
Autor: Glauberto Laderlac

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